Papa ataca projeto que torna ilegal discriminação de homossexuais
Ao anunciar sua primeira visita como Papa ao Reino Unido, Bento XVI fez uma declaração polêmica. Ele atacou o projeto de lei do governo britânico que pode tornar ilegal a discriminação de homossexuais. Segundo o Pontíficie, a medida - chamada de Equality Bill - ameaça a liberdade religiosa e é contrária à "lei natural".
Ao falar para um grupo de bispos católicos que visitou ontem o Vaticano, Bento XVI descreveu as mudanças na lei como "injustas" e pediu um "fervor missionário" para resistir a elas. "O efeito de algumas leis criadas para atingir esses objetivos tem sido impor limites injustos à liberdade das comunidades religiosas para agir de acordo com suas crenças", disse ele, segundo a BBC.
Durante o período em terras britânicas, possivelmente em meados do próximo mês de setembro, o Papa deve enfrentar protestos em função dos comentários feitos ontem. O presidente da National Secular Society, organização que promove a separação entre Estado e Igreja, Terry Sanderson, afirmou que vai procurar todos as minorias que se sintam atingidas pela atual posição do Vaticano.
Já o governo britânico afirmou que as declarações do Papa sugerem que ele reconheceu "o compromisso firme com a igualdade para todos os membros da sociedade" exercido pelo governo britânico. "Acreditamos que todos devem ter chances justos na vida e não sofrer discriminação. A Equality Bill tornará a Grã-Bretanha um país mais justo e igualitário", disse um porta-voz do governo, segundo a BBC.
A Igreja Anglicana britânica mostrou-se preocupada com a legislação, argumentando que seus padres podem se ver forçados a celebrar casamentos nos quais um dos noivos sofreu uma mudança de sexo. Bento XVI anunciou ainda que deve visitar a Grã-Bretanha neste ano, na primeira visita de um papa ao país desde 1982.
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